No avião ou em terra firme
Em vôos longos, como é o nosso caso (mais ou menos umas nove horas até Madrid saindo do saindo do Rio de Janeiro ou São Paulo ) a permanência na posição sentada causa acúmulo de líquidos nas pernas e nos pés, podendo causar inchaço nessas áreas.
Na pior das hipóteses, pode ocorrer Trombose Venosa Profunda também conhecida com Síndrome da Classe Econômica, mas pode também ocorrer na primeira classe, e também não é exclusividade da viagem de avião, mas de qualquer meio de transporte onde se passe muito tempo sentado).
Nesse caso, formam-se coágulos nas veias profundas das pernas, e quando a pessoa se levanta, eles podem se desprender e caminhar pelo corpo, atingindo um órgão.
Mulheres que usam anticoncepcionais orais (eles interferem no processo de coagulação), quem já teve algum tipo de trombose e quem ficou muito tempo acamado e viaja em seguida são mais propensos ao problema.
A dica é: procure se movimentar, quando for seguro, levante e abaixe a ponta dos pés para exercitar a batata da perna, use meias compressivas e evite roupas e sapatos apertados. Dica: Não fique inibido. Faça exercícios de alongamento no corredor do avião. Melhor pagar um “mico” do que ter um problema.
Outro item importante é a mudança de fuso horário que causa uma confusão no organismo, o chamado “jet leg”. Sonolência, irritabilidade, fadiga leve e alteração no nível de concentração são algumas das conseqüências.
Se você uns 10 dias antes não procurou se adaptar ao fuso horário do local, a dica é expor-se, o mais rápido possível, à variação luz/escuridão. Isso significa que, mesmo que sinta sono durante o dia, agüente firme e durma só à noite.
Devido à variação da pressão atmosférica, principalmente na decolagem e na aterrissagem, é comum o ouvido ficar “entupido” ou ainda apresentar dores leves, já que ocorre uma pressão do ar sobre o tímpano. Crianças são as mais afetadas.
Dica: abra e feche a boca repetidamente durante o pouso e a decolagem. Goma de mascar também dá um bom resultado.
Os preparativos para se fazer uma boa peregrinação são muitos. Sempre é bom lembrar que, além do equipamento, é fundamental um bom preparo físico e plena consciência do que irá enfrentar, principalmente numa investida de aproximadamente 30 dias de caminhada – caso pretenda percorrer o Caminho Francês desde Saint Jean Pied Port.
Um ponto porém, depois de tudo listado e organizado para a viagem, muitas vezes escapa de uma atenção mais rigorosa: a água, este líquido precioso e vital para a manutenção de tudo que é vivo na face da terra.
Algumas das perguntas mais comuns que alguém faz ao se propor a peregrinar até Santiago de Compostela são:
– Existe água potável no caminho que vou seguir?
– Quanto levo de água?
– Levo esterilizador, cloro, etc.?
– Quanto tempo vou andar sem encontrar água?
Essas são perguntas comuns para quem não conhece o percurso. A melhor forma de resolver isso é perguntar para quem já fez, ou identificar nos guias que existem no mercado. Mesmo assim, dependendo da época do ano e o grau de degradação ambiental da região, fontes podem estar secas. Por isso, recorra sempre às informações mais recentes.
Verificado tudo isso, vamos ao que interessa: beber água.
Você não deve beber pouca água durante um percurso longo, pode ser uma exceção, mas geralmente isso causa problemas à pessoa e pior, dará trabalho a outros peregrinos.
A falta de líquido no organismo pode causar inúmeros danos ao mesmo e quando isso ocorre em locais isolados como por exemplo nas mesetas, qualquer socorro se torna extremamente difícil.
Outras atividades esportivas podem ocasionar perdas maiores e mais rápidas de água pelo organismo, como a maratona e o triatlon, mas tem a vantagem da proximidade com equipes de socorro especializadas que acompanham estas provas.
Ao chegar num estado crítico de desidratação não adianta a simples ingestão de água, pois neste estágio outros problemas estão associados, como febre, fadiga crônica, disenteria, podendo chegar ao estado de choque.
Para nunca faltar água para você é necessário um planejamento, que começa com o já citado conhecimento do caminho a percorrer, pois em muitos deles será impossível levar toda água necessária de uma só vez. Na maioria dos povoados sempre tem uma fonte ou uma “tienda” onde você poderá fazer o seu ressuprimento de água.
Mesmo assim dependendo do grau de dificuldade das trilhas, o calor e seu preparo físico esta medida estará aquém daquilo que seu organismo realmente necessita. Em média, um adulto deve ter disponível pelo menos 2 litros e meio por dia de água, somando o que se bebe de líquidos, presente nos alimentos e no metabolismo dos mesmos.